Habilitações Literárias
Nascido em Coimbra, em 1973, é licenciado em Sociologia, obteve o mestrado em curadoria de arte contemporânea no Royal College of Art, em Londres.
Experiência Profissional
Miguel Amado é comissário e crítico. É, atualmente, Senior Curator no Middlesbrough Institute of Modern Art (Middlesbrough, Inglaterra). Foi comissário na Tate St Ives (St Ives, Inglaterra) e, em Portugal, da Fundação PLMJ (Lisboa) e do Centro de Artes Visuais (Coimbra). Foi comissário do Pavilhão Português na Bienal de Veneza de 2013. Foi Curatorial Fellow na Rhizome no New Museum (Nova Iorque) e no Independent Curators International (Nova Iorque), bem como Curator-in-residence no Abrons Arts Center (Nova Iorque) e no International Studio & Curatorial Program (Nova Iorque). Foi comissário e co-comissário convidado de instituições como o Museu Colecção Berardo (Lisboa) e a apexart (Nova Iorque), bem como de eventos como a Frieze Projects na Frieze Art Fair (Londres) e o No Soul for Sale – A Festival of Independents na X Initiative (Nova Iorque) e na Tate Modern (Londres). Foi professor, organizador de simpósios, conferencista e membro de júris para instituições como o Istituto Europeo di Design (Veneza), o ARCO (Madrid), o Stedelijk Museum (Amesterdão) e a Fundación Botín (Santander, Espanha). Foi editor da revista W-Art. É crítico na revista Artforum e escreveu, ainda, para revistas como a Flash Art e a The Exhibitionist. Estudou no MA Curating Contemporary Art do Royal College of Art (Londres) e frequenta o MRes em Curatorial/Knowledge do Goldsmiths, University of London (Londres). Outros estudos incluem a Night School, no New Museum (Nova Iorque) e o Independent Curators International Curatorial Intensive no Ullens Center for Contemporary Art (Pequim). Galardões incluem a Grant for Arts Research da Foundation for Arts Initiatives (Nova Iorque).
Debate: Arte Pública e Poder
Para Uma “Arte Útil”: de John Ruskin à “Viragem Social”
Esta comunicação apresenta a expressão “arte útil”, cunhada pela artista Tania Bruguera e teorizada por, entre outros, Stephen Wright. Propõe, depois, uma eventual genealogia deste conceito balizada entre o pensamento de John Ruskin e o recente movimento artístico conhecido como “viragem social”.
A “arte útil” propõe-se contrariar a visão da “arte pela arte’, entendendo a arte como ferramenta para a mudança social. Este entendimento da arte ecoa os princípios e efeitos de projetos como “The Blue House”, de Jeanne van Heeswijk, ou “Institute for Human Activities”, de Renzo Martens.
Estes projetos analisam-se à luz da “viragem social”, uma noção que descreve o retorno a uma arte socialmente “comprometida”. Por outro lado, propõe-se uma associação entre este tipo de prática e as ideias de John Ruskin, crítico inglês do século XIX que advogada o envolvimento dos artistas em atividades quotidianas.